Após a saída repentina de Padre Fernando Silva da Paróquia Senhora Santana de Catu, no dia 31 de agosto, fiéis e populares do município de Catu iniciaram um movimento pedindo a volta do Padre à Paróquia. Ele que foi obrigado a renunciar, sem explicação e sem direito de defesa, deixou a cidade com ordem de despejo. O fato em questão não foi levado ao Conselho Paroquial. Ele apresentou a renúncia junto com um pedido de perdão, no qual sequer foi ouvido pelas autoridades eclesiásticas locais.
No dia 02 de setembro foi criado o movimento #SOMOSTODOSPADREFERNANDO que iniciou nas redes sociais e foi abraçado pela população catuense. Na quarta-feira (9), eles enviaram à Dom Giambattista Diquattro, Núncio Apostólico do Brasil, ao Cardeal Dom Sérgio da Rocha, Arcebispo de São Salvador da Bahia e Primaz do Brasil e a Diocese de Alagoinhas que atende a paróquia de Catu, uma carta de apoio ao Padre Fernando, solicitando um julgamento justo e seu retorno ao município.
Padre Fernando que chegou em Catu no dia 10 de janeiro, encontrou uma Paróquia totalmente sem a participação da comunidade. Ele democratizou o acesso as pastorais, envolvendo todas as comunidades nas atividades da igreja. Organizou as coordenações de serviços (financeiro e administrativo), deu total transparência financeira da paróquia à comunidade, prestando contas na missa a cada final de mês. Sua ação evangélica intensa e cativante, atraiu muitos que estavam afastados e trouxe outros tantos novos fiéis.
Isso começou a incomodar àqueles que estavam acostumados a ficar à frente das atividades e serviços da igreja. Com grande insatisfação e ganância, vendo a paróquia crescer e prosperar, um grupo organizou uma reunião sem a presença do Padre para questionar sobre a sua administração. Cominou que no Domingo do Leigo, após o Padre consagrar a eucaristia, ele convidou duas ministras para lerem trechos da liturgia eucarística. Sem qualquer intenção de ofender a igreja, e ferir os fiéis. Após o ato, Padre Fernando foi intimado a deixar a cidade, no dia 31 de agosto, sem direito de ser ouvido, de se despedir dos fiéis e aos prantos. A situação revoltou a população que está se afastando da igreja, comovendo as crianças que foram acolhidas como coroinhas. A injustiça uniu o povo que pede por sua volta.
Nesta quinta-feira (23), às 17h, o movimento vai para as ruas, com manifestação na porta da igreja Senhora Santana, em torno da volta do pároco.
Anne Pinto
Jornalista - Assessora de Imprensa
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